A operação é coordenada pela Delegacia de Naviraí, em Mato Grosso do
Sul, e mandados são cumpridos também no Paraná, São Paulo, Goiás e Rio
Grande do Norte. A ação leva o nome de Laços de Família, pois o comando
da quadrilha era feito por parentes. O grupo tinha estreita ligação com o
PCC de São Paulo.
A Laços de Família foi autorizada pela 3ª Vara da Justiça Federal de
Campo Grande, com expedição de 20 mandados de prisão preventiva, dois de
prisão temporária, 35 de busca e apreensão em residências e empresas,
136 de apreensão de veículos terrestres, 7 de apreensão de helicópteros,
5 apreensões de embarcações de luxo e 25 de apreensão de imóveis, sendo
eles apartamentos, casas, sítios e comércios.
Também foi decretado a apreensãode todos os bens de 38 investigados, em todo o país, inclusive em nome de empresas de fachada.
A PF teve apoio da Receita Federal na Laços de Família. Os analistas
verificaram a evolução patrimonial e fizeram a identificação de bens e
empresas dos envolvidos.
Atuação
Conforme a Polícia Federal, os traficantes mandavam drogas para outros
estados geralmente em grande quantidade, em caminhões, escondidas em
meio a carga licíta.
Como pagamento pelo envio dos entorpecentes, os criminosos recebiam
joias, veículos de luxo e dinheiro por meio de depósitos em contas
bancárias de “laranjas” e de empresas de fachada. Helicópteros eram
utilizados para transportar dinheiro e joias para pagar os traficantes.
O dinheiro recebido pelo envio da droga garantia aos traficantes, de
acordo com a PF, vida luxuosa e poder. Eles impunham o temor e o
silêncio na região, pela sua violência e poderio.
Apreensões
Durante a investigação que resultou na operação, Polícia Federal já
tinha conseguido apreender R$ 317.498,16 em dinheiro; joias avaliadas em
R$ 81.334,25; duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes
e 11 veículos de transporte de carga. Seis pessoas foram presas.
0 Comentários